Setembro Amarelo, Saúde Mental e Natureza

31/08/2025

Modernidade, excitação crônica e adoecimento. Setembro Amarelo é um marco para incentivar reflexões sobre a vida. Sobre proteger a saúde emocional e mental. O ritmo humano está cada vez mais acelerado, e o da Terra, também. Desde 2020, cientistas identificaram que os dias estão mais curtos. A rotação da camada externa do globo está mais acelerada. Que fenômeno é esse, onde a pressa domina? O que será que o Planeta deseja nos dizer? O presente nunca parece interessante o bastante. Mentes sempre ocupadas, lamentando passados ou projetando futuros. A velocidade é competitiva, a sociedade, hiperativa. Desprezo à essência e fobia ao descanso. Porque o tempo urge. Mas, será mesmo que essa agitação permanente é uma virtude?  Essa pressa constante é sinal de sucesso? Não ter tempo livre, é de fato produtivo? No artigo de hoje, a intenção é aproximar a nossa compreensão, à situação atual que nos atravessa, que conjuga conexões ausentes, solidão iminente, depressão frequente e estresse insistente. Sintomas culturais, em resposta ao estilo de vida coletivo, e tão distante do essencial, de si mesmo e da natureza. E se ousarmos novos caminhos na intenção de melhores momentos?  Bem-estar mental é a base da saúde completa. É um pontapé para toda transformação. Boa leitura.

Vidrados. Horas depois, atordoados, impacientes e exaustos. 

As telas, sempre intermediárias da rotina: na atividade profissional, acadêmica, nas horas de lazer, na comunicação com o outro. Seja a tela interpretada como "mocinha ou vilã", me refiro à dependência. Nossa vida em menor ou maior grau, acontece através dela.

O tempo se esvai. Somos drenados por essa captura moderna. Perdeu-se o senso de comunidade e humanidade. O isolamento é sofrido, e busca um distanciamento de expectativas sociais, alheias ao cerne de cada pessoa. A comunicação, tornou-se imparcial e utilitária, e é cada vez mais prática e menos profunda. A conversa direta entre seres humanos, se tornou menos frequente. Todos mais isolados, independentes e "protegidos", mas, nem tão saudáveis ou satisfeitos.

Em 2024, nosso país foi classificado o 4º mais estressado do mundo, segundo pesquisa da IPSOS. Afastamentos por problemas de saúde mental, segundo publicou a ONU este ano, aumentou 134%. A Organização Mundial de Saúde, aponta ainda, que a solidão é uma ameaça à saúde pública, e que o isolamento pode elevar em 32% os riscos para doenças cardíacas.

Hoje o Brasil possui indicadores sensíveis de saúde mental, incluindo os casos extremos.

A população está doente. De tão conectada, ausente. Distanciamento da sensibilidade refinada, capaz de transformar o estado de ser, e de ampliar a consciência. Tememos a pausa, resistimos à calma. A mente, é desencorajada a estabelecer tranquilidade. Nosso vínculo é digital, e a desconexão é social. A sobrecarga de informações causa ansiedade e não assegura o pleno saber. 

No trabalho, processos e relações frágeis, abalam a segurança emocional do indivíduo, o que causou uma disparada nos afastamentos por Burnout. Nos momentos pessoais, mentes distantes. Ocupamos lugares, sem perceber os detalhes e as pessoas, numa convivência nem sempre inteira. Presentes na selfie, ausentes do self.

Como transitar na vida e nesse sistema artificial, com garantia de bem-estar? Como estabelecer hábitos adequados, se facilidades tecnológicas determinam, o tom da nossa rotina? 

Como interromper esse ciclo?

É a natureza que faz um convite, à sua presença mais autêntica: para desacelerar e desintoxicar todo desconforto emocional e mental. Reserve um momento para cultivar a serenidade ao seu encontro. Para ouvir o que vem de dentro. Para reencontrar a sabedoria interior, e melhorar, principalmente, a relação mais íntima, do eu consigo mesmo.

A "prescrição verde" é uma iniciativa adotada no Japão, Alemanha, Canadá, Reino Unido, Estados Unidos, além de outros países. O encontro consciente com a natureza, é um prática integrativa de saúde, que apoia tratamentos, e previne doenças. É alternativa complementar nos quadros de ansiedade, estresse e depressão. A prática de Banho de Floresta, auxilia na homeostase e amplia a sensação de bem-estar. Essa é a terapia da natureza que recebe mais estudos científicos no mundo, há pelo menos 30 anos, comprovando seus efeitos positivos à saúde física e mental.

Esse é um lembrete cuidadoso, que deseja incentivar a inclusão da natureza na sua vida diária, sempre que possível. Na agitação constante que nos desvia a atenção, é precioso reencontrar, na presença profunda com a floresta, a paz e a clareza, que nos permite continuar.

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