08/06/2025

10/06/2025

A quem interessa a sua saúde? Quem encoraja teu bem viver e tua longevidade? Se você para e repara, escuta e sente o teu próprio corpo, compreende como ele reage a tudo que recebe. Mas andamos bem descuidados. Ignorando sinais e o que é essencial. A doença e a saúde moram nas palavras ditas e não ditas, nos conceitos. Elas se manifestam nas imagens, nas intenções e reações, nos comportamentos (nossos e das outras pessoas). No que engolimos pela boca. No que fica engasgado nos sentidos. A saúde se aloja ou se ausenta de ambientes, de todos eles. Se estamos presentes em nós mesmos, percebemos a reação do nosso corpo. Assim, podemos questionar. Avaliando a saúde ou sua ausência. O artigo de hoje tem relação com a saúde pessoal e coletiva. Tem relação com a presença. Faz referência ao nosso estado integrado. Aos padrões ancestrais e atuais. Estamos disponíveis para ouvir? Por que convivemos com a normalização da dor do corpo, e dos sentidos? Por que naturalizamos a dor do outro, e esse estado generalizado? O que estamos deixando escapar? O que deixamos de fazer? O que podemos transformar, hoje?

Quando racionalizamos demais, bloqueamos o sentir. Dentre as motivações, podemos supor o desejo de uma vida mais prática. A vontade de otimizar o tempo. A produtividade. Ou medo da dor.

Uma postura que dispensa o sentir, dissocia. Uma visão mais rigorosa sobre a vida, pode ser objetiva, estratégica. Mas, nem tanto para a saúde a longo prazo. Antes de um diagnóstico, nosso corpo possivelmente tentou contato. Manifestou sinais em maior ou menor tom. Tentou nos dizer.

 Geralmente, quando dói, ignoramos, menorizamos, remediamos.

Até que ponto mascaramos a origem? Ou reprimimos sintomas? É comum não tratar a causa. Até que se torne crônico. Estamos presentes nesse percurso? Percebemos sinais de dentro e de fora?

Dores, sintomas, são mensagens. Escutamos ativamente nosso corpo?

A sociedade apressada, apreensiva ou desprevenida, automatiza e atravessa espaços, estacionando no digital, e fora de si e do tempo. Mas entre nascimento e morte, existe uma vida que deseja uma saúde, realizável. Que deseja a sensação de vitalidade. De satisfação com o viver. Com mente e coração em harmonia, para além das dimensões físicas e metabólicas.

O convite é à presença. A sensibilidade. Pela experiência de uma saúde integrada e estendida.

Dr. Fernando Bignardi, geriatra e homeopata especializado em cuidados integrativos, reconhece o estado de presença como iniciativa primordial para cuidar da saúde. Explica que a prática da meditação, é uma habilidade curativa. Em seu ensaio clínico realizado com 140 idosos, o médico comprovou como a técnica facilita a capacidade restaurativa do corpo, e seu estado de homeostase. O especialista destaca a sabedoria sensível, como uma poderosa capacidade para garantir a qualidade de vida.

Mas, como a nossa estrutura social, desencoraja essa sensibilidade?

Essa é uma questão ancestral. Nossa cultura favorece modelos de domínio racional, patriarcal, e a androcracia, onde são os homens que exercem o poder, com base na ideia de que são os mais adequados para tais funções, já que a sensibilidade, é naturalmente, uma tendência do feminino. E o que assistimos, são mulheres buscando inconscientemente o bloqueio de sua natureza, invalidando o sentir, vestindo armaduras, na expectativa de equidade de direitos, de oportunidades.

Também assistimos homens, não se permitindo a sensibilidade. E assim, temos uma cultura cartesiana e mais desumanizada. Uma sustentabilidade distorcida. Muitos doentes.

O sentir, é uma capacidade de todos os seres. Todos reservamos potencial para a sensibilidade, para a presença e para agir em favorecimento da saúde, de forma integrada. A saúde está na dimensão sensível. A ciência a reconhece nas doenças psicossomáticas. E nós, a reconhecemos na nossa própria vida, na vida de quem nos cerca. Nos números cada vez mais estrondosos, de transtornos e adoecimentos mentais.

O caminho da cura encontra a sensibilidade.

  • A sensibilidade atrai relações genuínas e atenua a solidão que causa adoecimentos
  • A sensibilidade gera colaboração, inibe a intolerância - que causam dores e danos mentais
  • A sensibilidade desperta a consciência corporal e a escuta de sinais e mensagens internas
  • A sensibilidade reconhece a saúde e o cuidado no outro, ela equilibra.
  • A sensibilidade expande o senso de importância da saúde planetária.

Uma vida sem sentir, perde o sentido, perde saúde. A dor quando reconhecida, ouvida, acolhida, ganha espaço e chance para a cura. Rigorosa precisa ser esta permissão de transformar a vida. 

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